sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Indicação do Mês: Nobel Son

Penúltimo mês do ano de 2012. Último dia de Novembro. Último post do mês. Como já se tornou uma tradição, chegou a hora da Indicação do Mês. Um filme que poucos viram (acredito!) mas que chama a atenção pelo seu roteiro e final surpreendentes. Este é mais um exemplo de produções com baixo custo e com ideias criativas. Muito, é claro, se deve ao diretor que também é o roteirista. Sem mais delongas, vamos ao que interessa:


Nobel Son (2007) conta a história de Barkley Michaelson (Bryan Greenberg), que está em um barranco profundo na sua vida. Ele está lutando para terminar sua tese de doutorado, quando seu pai, o erudito Eli Michaelson (Alan Rickman), ganha o Prêmio Nobel de Química. Barkley e sua mãe, Sarah (Mary Steenburgen), uma renomada psiquiatra forense, agora tem a infelicidade de viver com um monstro mulherengo, com um ego elevadíssimo, cujas maneiras de traição ficaram cada vez menos discretas. Como se o mundo de Barkley não fosse ruim o suficiente, na véspera de seu pai receber o Nobel, ele é sequestrado e o resgate pedido é de dois milhões de dólares em dinheiro, o equivalente ao Prêmio Nobel. Eli se recusa a pagá-lo e assim começa um conto venenoso de disfunção familiar, luxúria, traição e, finalmente, vingança. Nas palavras de Michel de Montaigne, filósofo do século 16: "Não há mais bárbaro em comer um homem vivo do que em comer um morto."

Para não perder o delicioso costume, iremos colocar poucas, porém notórias curiosidades aqui:

  • O primeiro americano ganhador do Prêmio Nobel em ciências foi Michelson (sem o "a") e seu primeiro nome era Albert.
  • Na cena em que Eli e Sarah estão de volta em sua casa com os repórteres em seu gramado, a cena garimpa entre os personagens. Sobre a lareira está uma imagem em preto e branco de um homem com um bigode que, na verdade, é o mais jovem Alan Rickman, de um filme anterior, provavelmente por volta da época de seu filme, Truly Madly Deeply
  • Mary Steenburgen e Ted Danson são casados ​​na vida real, mas seus personagens nunca interagem. O papel de Danson é pouco mais do que uma participação.

Tanto foi o engajamento dos atores em poder fazer este filme funcionar que, apesar de contar no elenco com feras como Ted Danson, Bill Pullman, Danny DeVito e Lindy Booth, o orçamento nem foi revelado, para não descaracterizar a classe. O faturamento, três semanas depois do lançamento nos EUA, tinha pouco passado de 500 mil dólares. Dirigido e escrito por Randall Miller, com a ajuda de Jody Savin, Nobel Son é uma das milhares películas espalhadas pelo mundo que tem um excelente história para contar e que não teve uma divulgação merecida. Com excelentes elogios de críticos da Rolling Stones e da Hollywood.com e com uma trilha sonora que engloba Groove Armada, The Chemical Brothers entre outros, o objetivo desta produção é um só: Fique de olho no prêmio!! Porque ele pode ser tanto o Nobel, quanto o resgate. E aí paramos para pensar no seguinte: luxúria, traição, sequestro.....e você aí achando que a sua família tem problemas!

Quem desejar baixar este filme, pode acessar o seguinte link:

http://filmescomlegenda.tv/fcl/nobel-son-nobel-son-2007-dvd-rip/


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Bom Filme!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Grande Dragão Branco (Bloodsport)

Alguém aí sabe quem é Frank Dux

Frank é um artista de artes marciais, coreógrafo de lutas e criador de um estilo de Ninjitsu em 1975. Vindo de uma família pobre, encontrou nas artes marciais o seu ganha pão. Engajado nas causas sociais, criou programas de sustentabilidade na África e também na Ásia. É dono de diversos recordes mundiais, tais como nocaute mais rápido por golpe. 

E aí, alguém já sabe de quem estou falando? Bom, aí vai uma dica:



O Grande Dragão Branco, ou no título original, Bloodsport (1988) é um filme que narra a história da vida de Frank. Interpretado pelo rei Jean-Claude Van DammeFrank Dux passou a maior parte de sua vida sendo treinado por Tanaka para participar no Kumite, o último torneio de artes marciais, onde os participantes são gravemente feridos, até mesmo mortos. Frank decide ir apesar de ser avisado por seus superiores no exército que ele não pode, porque eles precisavam dele. Dois oficiais do exército então são enviados para buscá-lo e a trilha leva a Hong Kong. Só que Frank saberá que pode ter que enfrentar Chong Li, o atual campeão, que já matou vários participantes.

Sem a participação de Jean neste filme, as curiosidades seriam quase nulas. Veremos o porque agora:

  • A maioria das falas de Bolo Yeung são semelhantes às de Bruce Lee em Operação Dragão, no qual Bolo apareceu.
  • Embora a demonstração de Frank Dux na quebra de tijolos tenha sido puramente ficcional, a Dim Mak ("Toque da Morte") é um movimento lendário das fábulas do folclore chinês de artes marciais. O Dim Mak é um ataque de pressão onde o atacante rapidamente atinge seu oponente várias vezes (em seqüência) em vários pontos de seu corpo. Golpear um adversário neste método pode resultar em ossos quebrados, paralisia / espasmos musculares dolorosos ou até mesmo a morte instantânea.
  • O verdadeiro Frank Dux foi o coordenador de lutas deste filme. Quando Jean-Claude Van Damme foi escalado, Dux disse que Van Damme não estava em boa forma, e colocou ele num programa de formação de 3 meses. Van Damme chamou esses três meses de "o treinamento mais difícil de sua vida" - isto apesar de ser um artista marcial  e campeão mundial!
  • Paulo Tocha (II), que interpreta o lutador de Muay Thai Paco, na verdade é um verdadeiro campeão de Muay Thai.
  • Charles Wang, o último presidente da Salon Films, que forneceu equipamentos para o filme, interpreta o doutor chinês que cuida de Jackson no hospital.
  • Jean-Claude Van Damme faz o seu chute voador, sua marca registrada nos filmes, um total de sete vezes.
  • Mesmo depois de ter sido filmado, o filme quase não foi lançado. Isto porque Jean-Claude Van Damme ajudou a editar o filme para que ele pudesse ficar pronto.

Dirigido por Newt Arnold e roteirizado por Sheldon Lettich com base nos fatos fornecidos pelo próprio Dux, esta película faturou cerca de 11 milhões na América. Um bom número perto do seu orçamento, que ficou finalizado em um milhão e cem mil dólares. Van Damme  recebeu apenas 25 mil, mesmo ajudando na edição final. Em compensação, foi através desta produção que o ator belga se lançou no mercado cinematográfico mundial. Isto sim é que é ter visão dos negócios. Para Dux, foi uma forma de mostrar para o mundo como conseguiu vencer uma das maiores competições sangrentas que já existiu. Lá, não existia moleza. Lá, todos puderam ver a real história do Grande Dragão Branco.

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Bom Filme!

domingo, 18 de novembro de 2012

Um Crime de Mestre (Fracture)




Quando um filme é bom, prende você na cadeira sem que possa sentir. Deixa você vidrado na tela durante todos os minutos. Transforma o roteiro em debates e dúvidas mentais por um longo período após ser impactado pelo mote principal. Enfim, quando um filme é sensacional, você simplesmente fica impressionado pelo que viu. E com essa película, tudo isso acontece, e em grandes proporções. 

Rico, brilhante e meticuloso, Ted Crawford (Anthony Hopkins), um engenheiro de estruturas, em Los Angeles, atira em sua esposa ao saber do seu amante e logo diz que é culpado. Ele assina uma confissão e, na acusação, afirma seus direitos para representar a si mesmo e pede ao tribunal para ir imediatamente para julgamento. O promotor Willy Beachum (Ryan Gosling) é, um figurão que é convidado para participar de uma firma gigantesca especializada em leis civis, através da sua fama de concluir e ganhar casos. Crawford vê a fraqueza de Beachum: Willy é um vencedor. A partir disso, o engenheiro coloca em movimento um crime em que todos os objetos se movem da maneira que ele prevê.

Fracture (2007), ou no bom português, Um Crime de Mestre possui inúmeras curiosidades. Algumas delas, de mestre mesmo. Vamos conhecê-las:

  • Quando o personagem de Anthony Hopkins está sendo acusado, um diretório de juízes é visto por cima do ombro dele com os nomes Eads e Vacarro. Esses são os últimos nomes do designer de produção e do designer no set, respectivamente.
  • Quando Willy Beachum está em seu escritório, as caixas atrás de sua mesa são rotuladas como "Pessoas vs Morgenthau." - Kramer Morgenthau foi o diretor de fotografia do filme e outra caixa lê: "Pessoas vs Beaupre." - Steven F. Beaupre foi o segundo assistente do diretor.
  • Os objetos cinéticos, com as bolinhas de vidro folhado, são desenhos do artista holandês Mark Bischof.
  • No fundo do escritório de Beachum, os arquivos de casos com o nome de "Bonaventura" podem ser vistos. Este é o último nome do dono da propriedade, Tony Bonaventura.
  • O carro dirigido por Anthony Hopkins é um Porsche Carrera GT (10 Cil. 612 HP). Depois de 1.270 peças artesanais, a Porsche cancelou a série em abril de 2006. O preço era de cerca de US $ 670.000.
  • George Clooney foi cotado para dirigir esse filme por um tempo.

Dirigido por Gregory Hoblit e escrito pelos magníficos Daniel Pyne e Glenn Gers, esta produção marca a volta da união dos estúdios New Line e Castle Rock, que estavam separados desde os meados dos anos 90. Com 3 meses de exibição, já tinha-se faturado pouco mais de 39 milhões de dólares, somente nos Estados Unidos. Contando ainda no elenco com Rosamund Pike e Billy Burke, pudemos notar, claramente, como é fácil, através de um roteiro simples, prender os espectadores durante 113 minutos. O mais interessante de tudo, é que o personagem de Hopkins simplesmente vê o inspetor e diz: "Eu matei a minha mulher......prove". Nunca um crime tão fácil pode se tornar tão difícil. Bem, eu disse, difícil, não impossível, afinal, se você olhar bem de perto, você verá que todo mundo tem um ponto fraco. 

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A volta do Capitão Gancho (Hook)

Um pouco de cultura agora: quem aí conhece James Matthew Barrie? Ganhou prêmios honorários em Universidades da Inglaterra, escritor de novelas e livros, viveu de 1860 a 1937. E aí, já sabem quem é??

Bom, pra facilitar, vou colocar aqui um filme, nada conhecido, que é fruto da sua imaginação. E bota imaginação nisso: 


James Barrie escreveu e criou Peter Pan, um dos heróis mais queridos de todos os tempos. Além de Pan, ele inventou Sininho, Capitão Gancho, Meninos Perdidos, Terra do Nunca e muitas outras coisas. Isso dá e deu um filme, que contaremos depois. Aqui e agora, vamos mergulhar no mundo de Barrie pelo roteiro criado por James Hart e Nick Castle. 

Hook (1991) mostra que Peter Pan (Robin Williams) cresceu e virou um advogado especializado em fusões empresariais. Além disso, é casado com a neta de Wendy. Num terrível dia, Capitão Gancho (Dustin Hoffman) seqüestra seus filhos, e Peter se vê obrigado a voltar para a Terra do Nunca com Sininho (Julia Roberts). Com a ajuda dela e dos Garotos Perdidos, ele deve se lembrar como é ser Peter Pan novamente, a fim de salvar seus filhos e lutar com o Capitão Gancho, mais uma vez.

Imaginem um mundo de curiosidades?!?!. Bom, agora, vocês podem ver um pouco dessa criatividade e como foram os bastidores:

  • Bob Hoskins, o braço direito Smee, comprou cerveja para  mais de 300 extras depois de que uma cena longa e complicada foi cortada do filme. Uma espécie de gratidão pela participação não finalizada deles.
  • Por causa do seu personagem viver muitas vezes no ar, Julia Roberts tinha um assistente cuja única responsabilidade era limpar os seus pés.
  • Quando os Bannings voam para a Inglaterra, a voz do piloto é a de Dustin Hoffman (Capitão Gancho) - "Este é o seu capitão falando ...".
  • O menino Peter Pan é interpretado pelo filho de Dustin Hoffman, Max Hoffman. Na realidade, todos os seus filhos aparecem no filme. Sua filha, Rebecca Hoffman interpreta Jane no jogo do início do filme, e seu filho mais velho, Jake Hoffman interpreta um jogador da liga de beisebol de Jack.
  • O escritor James Hart credita a inspiração sobre esta história contínua de Pan para o seu filho Jake, que um dia lhe perguntou o que teria acontecido se Peter Pan crescesse.
  • O casal se beijando, que começam a flutuar quando algumas fadas jogam poeira sobre eles são, na verdade, George Lucas e Carrie Fisher, em uma participação especial.
  • No filme, o "gancho" do Capitão Gancho é na sua mão esquerda. Na peça, "Peter e Wendy", seu gancho é na sua mão direita, onde costumava ser.
  • Na cena em que Gancho entra na casa de Wendy para sequestrar as crianças, somente o cão Nana é mostrado. Pode ser ouvido os latidos antes da vigília de Toodles. É possível ouvir Nana latindo "woof! woof! hoof! hoof! Hook". Só aí é que Toodles então acorda e começa a dizer Hook.
  • O avião que leva a família para a Inglaterra é um Pan Am - um trocadilho óbvio em com Peter Pan.
  •  O diretor do filme, Steven Spielberg, aparece em cena. Ele lidera a marcha dos piratas do navio de Hook com o relógio de Michael em um travesseiro.
  • O pirata que fica preso no baú com o escorpião foi interpretado pela mulher Glenn Close.


A volta do Capitão Gancho custou 70 milhões de dólares para ser produzido. Hoffman levou  2 mais uma porcentagem não revelada do faturamento total e Julia abocanhou 7 milhões. O faturamento, foi estrondoso, mais de 300 milhões no mundo todo. Esta fantasia mixada com aventura mostra, dentre todo o universo criativo dos personagens de Barrie, uma característica dos filmes de Spielberg, que é a péssima relação entre pais e filhos. Um problema comum e infeliz, que atacou até o mais feliz dos heróis. O que é transmitido para os telespectadores é que devemos aproveitar o tempo que temos para curtir os nossos filhos "enquanto eles ainda querem os pais por perto". Quem perde esse preciosíssimo momento, pode ser ver num caminho sem volta para construir uma relação bacana com os seus pequeninos. E aí, nem mesmo voar e lutar contra piratas podem reverter essa situação. 

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domingo, 4 de novembro de 2012

Jamaica Abaixo de Zero (Cool Runnings)



Quando alguém disser para você que o que pensa em realizar é impossível, prove o contrário. É exatamente isto que o filme Jamaica Abaixo de Zero, ou na tradução americana, Cool Runnings (1993) diz. Uma produção fantástica da Walt Disney que reúne comédia e aventura para toda a família. 

Irving Blitzer (John Candy) desgraçou a si mesmo quando colocou pesos extras no seu bobsled, nos Jogos Olímpicos, resultando na perda da sua medalha de ouro. Anos depois, Derice Bannock (Leon), na tentativa de ir para as Olimpíadas através da corrida, não se qualifica para os 100 metros devido a um acidente estúpido. Quando ele descobre que Irv Blitzer vive na Jamaica, Derice decide ir para os Jogos de qualquer maneira, se não como um velocista, então, como um atleta de bobsled. Depois de alguns problemas iniciais, a primeira equipe de bobsled jamaicana é formada e vai para Calgary. Lá, Derice, Sanka, Junior e Yul são apenas risadas, já que ninguém acredita em levar uma equipe de trenó da Jamaica liderada por uma antiga desgraça para a glória. Só que o espírito de equipe e auto-confiança saudável podem levar a algumas surpresas nos Jogos de Inverno. Será??

Algumas curiosidades são bastante esportivas neste filme. Vamos conhecer algumas delas:

  • Este filme foi baseado numa história real da primeira equipe Jamaicana de Bobsled. Ao contrário do que a história conta no filme, a equipe jamaicana foi recebida de braços abertos pelas equipes Bobsledding internacionais. Uma das outras equipes foi tão longe que chegou a emprestar para a equipe jamaicana de trenó um trenó de back-up para que eles pudessem se qualificar.
  • Durante a cena de abertura das cerimônias, Blitzer é visto usando um chapéu branco cowboy. Este chapéu é uma marca da cidade de Calgary, onde os XV Jogos Olímpicos de Inverno foram realizados em 1988.
  • A cena do acidente, no final do filme foi a filmagem real tomada a partir dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988.
  • Nos esportes de trenó, a adição de peso é perfeitamente legal. Os homens de número Dois e Quatro podem levar pesos mínimo e máximo respectivamente. O peso do trenó é calculado como o peso total do trenó e sua tripulação. Se o trenó totalmente carregado pesa menos do que o máximo, é perfeitamente legal adicionar peso para fazer a diferença.
  • Ao contrário do filme, o acidente infame não ocorreu devido à uma falha mecânica,  mas devido a perda do controle do trenó em alta velocidade.

Dirigido por Jon Turteltaub e escrito por Lynn Siefert e Michael Ritchie com base nos acontecimentos de 88, esta produção da Disney gastou 15 milhões e faturou somente nos Estados Unidos quase 69 milhões de dólares. Este foi o antepenúltimo filme de Candy, que morreu no ano seguinte de ataque cardíaco. O que importa é que esta película mostrou como foram os percalços e vitórias da primeira equipe de um país caribenho, caracterizado pelo seu clima quente, a enfrentar temperaturas 20 graus abaixo de zero. Era um sonho de quatro jamaicanos e virou uma esperança de um país inteiro!

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