Indicação do Mês: O Dia Antes do Fim (Margin Call)

Como já é de costume aqui no blog, todo último final de semana do mês, postamos um filme com uma proposta diferente. Não valorizamos as suas curiosidades, que é a proposta definitiva deste blog que vocês acompanham. Valorizamos sim a sua história, a mensagem que ele quer passar para os telespectadores. Torna-se assim uma indicação. 

A indicação do penúltimo mês do ano é recente, chegou há pouco tempo no Brasil e conta as últimas 24 horas antes do estopim da crise financeira mundial. Margin Call (2011) é um Thriller instigante e que mostra as atitudes de diferentes funcionários de diferentes escalões dentro de uma mega empresa situada no coração financeiro do mundo. 

Dirigido e escrito por J.C. Chandor, este filme traz um time de atores altamente desejado por Hollywood. Kevin Spacey, Jeremy Irons, Paul Bettany, Zachary Quinto, Pen Badgley, Stanley Tucci, Simon Baker e Demi Moore. Na certa, vocês devem estar pensando que o orçamento deste filme deve ter sido multimilionário. Que nada!!! O custo total foi de pouco mais de 03 milhões de dólares. Isso porque os atores aceitaram receber menos para fazer este belo filme. Justa causa. Falando em atores, temos apenas duas curiosidades para mostrar e que ambas falam sobre eles:

• Jeremy Irons aceitou este papel nos 45 minutos do segundo tempo. Ben Kingsley, Billy Cudrup e Tim Robbins fizeram testes antes dele, mas, devido a outras obrigações, não puderam aceitar.
• Por falar em obrigações, a atriz Carla Gugino estava escalada para interpretar a personagem de Demi Moore durante 01 ano!!! Devido a obrigações, teve que cancelar. A atriz que ficou com o papel, nós já sabemos quem é! 

Margin Call chegou aqui de mansinho, sem o alarde publicitário, sem os holofotes dos filmes blockbuster´s. No entanto, merecia toda este conhecimento do público. Afinal, sua história é sensacional e nós podemos ver um banho de diferentes interpretações dos atores e atrizes em cena. Em pouco mais de um mês de exibição, já se pagou. Prova de que, para se fazer um bom filme, não se precisa gastar muito. É só ter uma boa mensagem, um bom enredo. E é nesse enredo que aprendemos uma grande lição no mundo dos negócios, muito bem dito pelo personagem de Irons: Seja o primeiro, Seja esperto ou Roube. A escolha quem faz é você. A minha eu já fiz!

O Blog é amador, mas as curiosidades são cinematográficas!

Bom Filme!

Um Tira da Pesada II (Beverly Hills Cop II)

Quem aí não se lembra deste personagem?

Todos conhecem muito bem o ator Eddie Murphy. Porém, quando ele faz esse sinal com as mãos é porque ele está interpretando:

É isso aí! Beverly Hills Cop II (1987) é um dos grandes filmes desse engraçado ator e que hoje, no Dia da Consciência Negra, recebe a nossa homenagem. Escolhi esse filme porque, dos três, é o que eu considero o melhor. Dentre tantos motivos, vale pela música:

Axel Foley retorna a Beverly Hills para ajudar Taggart (John Ashton) e Rosewood (Judge Reinhold) a investigar a tentativa de homicídio ao Chefe Bogomil (Ronny Cox)  e a série de "crimes do alfabeto" associados a ele. E é aí que começam as palhaçadas e artimanhas do melhor policial de Beverly Hills, quer dizer, do melhor policial QUE NÃO É de Beverly Hills. As curiosidades desse filme são tantas, que precisei selecionar as principais. Vamos a elas:

• Billy Rosewood tem cartazes em seu apartamento de Rambo: First Blood Part II e Cobra, ambos estrelados por Sylvester Stallone. A então esposa de Stallone Brigitte Nielsen aparece no filme como Karla Fry e Stallone era a escolha original para o papel principal. Na verdade, quando Stallone foi assinado para estrelar em Beverly Hills Cop, ele fez um polimento no script para que se concentrasse mais na ação e tirou o elemento cômico. Ele mudou o nome da personagem principal de "Axel Foley" para "Axel Cobretti". Quando ele finalmente saiu da Beverly Hills Cop, ele usou o nome do personagem e certos elementos do script para Cobra.
• O caminhão de cimento que Billy dirige tem uma etiqueta dizendo DS / JB Construction Company. DS e JB representam os produtores do filme, Don Simpson e Jerry Bruckheimer.
• A Paramount originalmente queria produzir uma série de TV sobre esse filme, após o sucesso do primeiro, mas Eddie Murphy não queria voltar para a TV, para que um filme foi feito em seu lugar. Boa escolha, não!?
• Produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer contrataram Tony Scott para dirigir por causa do bom trabalho que ele fez em Top Gun.
• Na cena no apartamento de Billy, onde ambos Axel e Billy cantam o tema de "The Dating Game", o canto foi improvisado por Eddie Murphy e Judge Reinhold. Ficou bom....foi ao ar!!
• Menos 1 hora 42 minutos, o mais curto tempo de filme de todos os filmes sobre tiras de Beverly Hills até agora.
• Pouco antes do tiroteio final, Rosewood é visto com um arsenal de armas em seu carro. Esta é uma homenagem ao co-produtor Don Simpson. De acordo com Judge Reinhold, ele recorda que a primeira vez que ele conheceu Simpson, o produtor mostrou sua coleção de armas no porta-malas de seu carro.

Curiosidades assim só podem gerar um faturamento monstruoso. Com orçamento de 28 milhões, sendo que 8 milhões foi somente o salário de Eddie Murphy, este mega filme faturou no mundo todo 300 milhões de dólares. É claro que as tiradas super criativas do protagonista valem a pena para você ver nesse filme. Como ele consegue inventar tanta coisa engraçada em pouco tempo? Vale também para ver a metralhadora falante que é Axel Foley e o seu jeitinho para consertar as coisas e sair ganhando em tudo. Mas, principalmente, vale a pena ver o filme para entender como ser solidário é bom. E aí, não se perdem os limites da bondade e da amizade. Isto chega a tal ponto que o personagem sai do seu trabalho para ajudar dois amigos a fazer justiça pelo crime que quase matou um outro bom amigo. Fazer o bem ao próximo, independentemente da classe social ou da sua cor. Isso é que vale a pena, afinal, The heat is on!

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Bom Filme!

Xeque-Mate (Lucky Number Slevin)

Muito tem se falado sobre este dia de hoje: 11/11/11. Muitos dizem que é o fim do mundo, outros dizem que o mesmo trocará a sua total energia e outros tantos dizem que hoje é um dia de sorte. Sorte! Bom, partindo dessa palavra mágica e muito bem vinda é que proponho a vocês esse filmaço: Lucky Number Slevin (2006). Claro que, ao longo do filme, vocês irão perceber que sorte é só no nome mesmo!

Em uma sala de espera de um aeroporto, um homem em uma cadeira de rodas (o sempre presente Bruce Willis) conta uma história sobre uma estranha corrida de cavalos que ocorreu em 1979 e que resultou em mortes de uma família. Em Manhattan, tempos depois, dois bookies e o filho de um chefe da máfia morrem. Um jovem recém-saído do chuveiro (O astro Josh Hartnett) responde a porta para uma vizinha e explica que ele está visitando um amigo, teve uma semana ruim, inclusive sendo assaltado, e não sabe onde seu amigo, que mora lá, está. Dois bandidos chegam e, acreditando que o visitante é o cara que mora lá, levam-no para ver o patrão do filho morto, que lhe diz para matar o filho de seu concorrente. Confusão de identidade? Entendeu alguma coisa? Pois pode ver....é o máximo!

Pelo que vocês podem ver, o roteiro escrito por Jason Smilovich é recheado de dúvidas, confusões e pontos desconectados. Mas, como na vida, tudo faz sentido. Bem como as loucas curiosidades desse filme. Vejam:

• Josh Hartnett morou com o escritor Jason Smilovic e sua namorada em Nova York enquanto o roteiro foi sendo escrito. Smilovic disse que queria que Hartnett usasse a toalha um monte de tempo, porque ele o viu assim umas tantas vezes. Estranho, não??
• De acordo com o DVD, a reação de Lindsey (Lucy Liu), quando ela caminha na direção de Josh com sua toalha aberta é real. A cena estava no roteiro, mas Josh Hartnett realmente espantou Lucy Liu. Ficou bom...foi pro ar!! De acordo com a própria atriz, esse filme foi o que ela mais se divertiu em cena, de todos!!
• Quando Lindsay e Slevin estão discutindo sobre os atores que viveram James Bond, eles se referem a Sean Connery como "Scotland Forever". Na vida real, Sean Connery tem uma tatuagem Scotland Forever.
• A mão de raios-X no escritório do legista é a mão do diretor, Paul McGuigan.

Com um orçamento não muito detalhado (também...o elenco pomposo conta com: Bruce Willis, Josh Hartnett, Ben Kingsley, Morgan Freeman, Lucy Liu) e um faturamento inicial na casa dos 23 milhões de dólares só nos EUA, esta película é uma excelente forma de dizer como um bom roteiro pode dar milhões de caminhos diferentes e no final, todos se cruzarem com maestria e sabedoria. Apesar do dia favorecer à sorte, fui na contramão. Postei um filme que mostra que sorte não acontece de jeito nenhum. A sorte, aliás, é o oposto do enredo. É simplesmente estar na hora errada, no lugar errado, com a pessoa errada. Será?? Bom... se eu disser...aí sim é Xeque-Mate!

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Bom Filme!

A Negociação (The Negotiator)

Um thriller policial de primeira linha. Com esse elogio é que começamos esse primeiro post do mês de novembro. Lançado em 1998, The Negociator põe frente a frente dois grandes atores americanos: Samuel L. Jackson e Kevin Spacey. 

No meio de uma conspiração bem elaborada, um negociador expert (Jackson) é conduzido até a última consequência quando é indiciado pelo assassinato de seu parceiro, além de desviar dinheiro do fundo de pensão do seu departamento. Sua única chance de provar a inocência é tomar reféns e chamar os serviços de outro negociador (Spacey) especialista em descobrir quem está executando a conspiração antes que seja tarde demais. O filme centra então na tentativa desesperada de Danny Roman em provar sua inocência.

Na medida certa, A Negociação nos mostra boas curiosidades:

• O filme foi dedicado ao ator J.T. Walsh, morto no mesmo ano do lançamento. Ele faz o personagem Niebaum. 
• O filme foi escrito originalmente para as estrelas Sylvester Stallone e Kevin Spacey. Spacey era o suposto negociador suspeito e Stallone atuando ao lado dele. Quando Stallone recusou o papel, Spacey decidiu que queria a outra parte e teve sua peça original reformulada.
• As filmagens de Roman e os reféns nos escritórios da Administração Interna ocorreram em um estúdio de Los Angeles. A fim de simular o horizonte de Chicago que pode ser visto olhando pela janela, um cartaz de 160x40 pés foi criado usando seis câmeras colocadas no chão. 

Dirigido por F. Gary Gray, A Negociação é um filme policial cheio de reviravoltas e tramas que se entrelaçam ao longo da sequência. Com um orçamento de 50 milhões e faturamento um pouco menor do que o que foi gasto, esta película nos faz entender que o mundo realmente gira ou, como dizem algumas pessoas, é uma roda gigante. O panorama apresentado para nós, telespectadores é que vemos frente a frente dois dos melhores negociadores de Chicago. Um tem reféns e o outro quer a rendição. E ambos praticamente sem respiração. O interessante a ser observado, e é isso que nos mostra porque o mundo gira é que Danny Roman libertava reféns como meio de vida. Hoje, ele os têm como meio de sobrevivência. É o feitiço virando contra o feiticeiro. 

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Bom Filme!